Segura o melão, bacana!

Blog com o intuito de despertar a curiosidade, o questionamento e o senso crítico de quem tiver paciência para lê-lo.

Vim pra sabotar seu raciocínio.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Estamos de volta!

Após uma longa, longa pausa, este que vos escreve decidiu retomar as atualizações deste blog. 
Agora um pouco mais maduro, pretendo megulhar no caos do nosso cotidiano analisando e comentando os temas atuais envolvendo principalmente política (nacional e internacional), economia e direitos humanos (os de verdade).
Assuntos como o genocídio indígena decorrente em nosso país, a crise européia, os rumos da política nacional, a tensão no Oriente Médio e qualquer outro tipo de reflexão anticapitalista fará parte da nossa pauta. 
Estou aberto ao debate, sempre.


Estamos de volta!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Calamidade!

Estado de apatia, estagnação mental!

Sai dessa. Copa do Mundo, enchentes, campeonato brasileiro, mortos pelo frio, celebridades, mortos pela polícia, o mercado financeiro, psicopatas, a nova novela. Aí começa a velha novela, que já tá tão ultrapassada quanto a moda de pensar sozinho. SAI DESSA!
A sequência acima demonstra um cotidiano de manipulação. Este serve pra tirar o poder criativo da mente, a capacidade de pensar além do que é mostrado. Serve pra doutrinar a  formação do pensamento. Acalma. Faz calar a dúvida e embaça os olhos.
O mundo não para; as maldades não estão nos olhos de quem vê, mas no plano daquele que arquiteta a segregação e discrimina. Rotula e joga o esteriótipo na mídia, dita as regras.
E o plano é tão bem bolado que as regras são transcritas e chamadas de leis...
E quem vive bem? Eles. Quem explora? Eles. Quem tem dinheiro? Eles. E quem manda? Ah, sim: eles.
Calamidade! A sociedade sofre fora dos muros de concreto, contra os seguranças fardados; mas eles tem mais uma escala antes de desembarcar... ô, calamidade...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

"Voz pra não ficar rouco!"

E de vez em quando, vou apresentar diferentes abordagens através desse espaço, lembrando que a variedade enriquece.

Na minha rotina, e é quando me deparo com a situação do mundo, na minha rotina.
Esses pensamentos consomem uma boa parte do meu dia. Me informo, leio teoria, procuro exemplo prático, busco aprender pra poder reciclar a informação, tento entrar em alguma mente, procuro uma e questão.
E é quando me deparo com a situação do mundo.
Esse choque cultural, essa intolerância, todo esse preconceito e, acima de tudo, toda essa falta de informação. E é simples, questão de hábito, desenvolvimento de um senso crítico, por mais pífio ou simplista que este seja, um senso crítico.
Fomos acostumados à televisão, à corrupção e à violência. A fome e a miséria extremas são colocadas longe de nossas casas; estão do outro lado do Atlântico, onde mesmo assim, tribos inteiras são massacradas por metralhadoras russas financiadas por companhias estadunidenses com associados do lado ocidental da Europa que esperam investimento do Oriente Médio para assinar o contrato com os clientes asiáticos que pretendem abrir uma franquia na América Latina.
É essa a globalização que tanto ouvimos falar. É a internacionalização da exploração, da ganância. É o sacrifício de MUITOS para o deleite de uns. E eu não digo só em situações de miséria extrema, muito ao contrário!
Aqui no Brasil mesmo, no seu trabalho, na sua escola, na sua vida. A informação é distorcida, a liberdade que temos é, no máximo, assistida.
Bombardeios de ideias reacionárias, o comodismo invade o âmago do ser humano, a vaidade e a cobiça consomem o raciocínio. A televisão, o rádio, os jornais, as revistas, os palpiteiros, nada disso vale! Assim como as grandes empresas, os grandes bancos, as grandes indústrias, enfim: os detentores do poder.
Nos é apresentado um mundo criado por eles e para eles. Desde o dia em que nascemos já começamos a ser condicionados dentro desse sistema, e o grau de alienação só tende a aumentar. O que você veste, o que você come, é tudo deles! E o que você assiste? É deles. E acabamos por não nos perguntar o por quê de ter que pagar com trabalho a imposição deles.
A questão que me refiro aqui é exatamente a do questionamento, a questão da consciência. Não critico o pensamento, critico a formação deste. E essa formação tem que ser livre!
Pois então liberte-se! Saia dessa bolha e veja o mundo com seus próprios olhos, você não está sozinho em nenhuma de suas convicções, e a vida de qualquer ser humano é tão importante quanto a sua.
Cabe a você pensar o que bem quiser, mas o respeito e a tolerância são imposições comuns ao pensamento humano. Egoísmo é opcional.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Ano de eleição: ano de (mais) manipulação.

Em uma sociedade dominada pela ganância e pelo capital, o processo "democrático" também sofre, obviamente.

Dois mil e dez, ano de eleição.
E já é tempo de campanha, de promoção de ideias maquiadas e distorcidas. Revistas publicando o perfil de seus candidatos favoritos, jornais oferecendo sabatinas tendenciosas e a televisão, como sempre, juntando tudo isso através de suas edições de vídeo impecáveis.
Mais uma vez podemos acompanhar o jornalismo tendencioso e as pesadas campanhas publicitárias dos grandes partidos, que visam todas as camadas da população, desde o jovem analfabeto ao estudante de nível universitário, do lavrador à pequena burguesia. E esse método é legitimado através do que chamam de "liberdade de expressão", ou então de "métodos do processo democrático", mas eu gosto de chamar de "faz-me rir".
Tenhamos em mente, como exemplo, duas grandes empresas das comunicações: Globo e Editora Abril (que também é dona de emissoras de rádio e televisão, como a MTV). Ambas nunca esconderam suas preferências políticas, abraçando descaradamente suas causas tendo em vista os interesses do grande capital, uma vez que estes são os maiores incentivadores da política do "Panis et Circenses", que priva os cidadãos de seus direitos mais básicos e apresenta as novelas de própria produção e filmes estadunidenses como forma legítima de cultura.
Estas tem o poder de mudar os rumos do país, lembrando a você como aconteceu nas eleições entre Collor e Lula, em 1989, quando estes participaram de um debate que foi manipulado pela TV Globo e deu a vitória, de virada, à Collor. E todos sabemos o que aconteceu depois.
Meu apelo aqui é para que você desenvolva seu senso crítico, e simplesmente não acredite em tudo que lê e assiste, porque nenhuma verdade é absoluta, toda generalização é burra e os controladores do grande capital não estão pensando em você.
Então, mais uma vez, cuidado: ano de eleição é ano de (mais) manipulação.

terça-feira, 20 de abril de 2010

O lucro está sempre acima do impacto.

Não é de hoje que vemos grandes empresas com pesadas campanhas publicitárias enaltecendo o "orgulho" de ser brasileira, o trabalho duro e os investimentos, sempre pensando na população. E você ainda engole?

As grandes corporações há muito transcenderam as fronteiras nacionais por meio de políticas predatórias atrás do trabalho duro de cidadãos de países tidos como "em desenvolvimento" pelos grandes capitalistas. Desta forma, a exploração cresceu em escala vertiginosa, passando da captação de recursos naturais e de matérias-primas para a exploração do próprio trabalhador, literalmente comandando a vidas dos mesmos.
Pode-se confirmar o que foi dito acima através de um evento que ocorreu recentemente na cidade do Rio de Janeiro. Tal evento foi denominado Encontro dos Atingidos Pela Vale, que consistiu exatamente no que o nome sugere.
A Vale do Rio Doce, até o governo FHC, foi uma mineradora estatal de grande importância estratégica e econômica para o Brasil. Até o governo FHC, pois neste ela foi privatizada de maneira mais do que suspeita (e este será o assunto do próximo post).
Assim, a Vale não perdeu sua importância, mas desvirtuou-se. Antes servia ao Estado brasileiro, e eu não estou falando aqui que nessa época as políticas de desta empresa eram impecáveis, de jeito algum, e agora serve única e exclusivamente ao grande capital e seus acionistas.
Pois bem, a Vale é uma mineradora. Mas até que ponto se tem o direito de expropriar famílias, transpor rios, construir barragens e detonar montanhas em nome do grande capital? Esse foi o tema de discussão do Encontro de Atingidos Pela Vale. Veja bem, a palavra "atingidos" expõe claramente os impactos das ações desta empresa para com o meio-ambiente, e acima de tudo, para com os cidadãos.
Tal encontro contou com mais de oitenta organizações, movimentos sindicais e sociais das mais diversas áreas do globo. Do interior de Minas Gerais à Taiwan. Todos sofrendo diretamente com o impacto dos interesses dos magnatas.
O fruto desse Encontro foi a publicação de uma Carta Internacional dos Atingidos Pela Vale. Porém, não cabe a mim discutir o Encontro, nem a carta, umas vez que concordo totalmente com a manifestação destes Cidadãos (com 'C' maiúsculo), então deixo o link para que você tire suas próprias conclusões: http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/analise/carta-internacional-dos-atingidos-pela-vale/view
Desta forma, mais uma máscara cai para o grande público.
A Vale, como inúmeras outras empresas, bem como a Nestlé, que recentemente foi denunciada pela captação predatória de recursos naturais, por exemplo, investem pesado em propaganda e nutrem um sentimento inexistente de orgulho para que você não perceba o que é feito longe das grandes cidades, onde o filho chora e a mãe não vê. Por fim, ainda têm a capacidade de organizar projetos sociais ineficazes, como a inclusão digital para uma população que mal sabe escrever. Convenhamos, não?
Assim, mais uma vez reitero minha indignação contra esse sistema baseado no sofrimento alheio e na acumulação de capital, pois afinal, são ecossistemas e, acima de tudo, pessoas sendo massacradas.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Em nome do poder, da fama e da grana. Amém.

O tema do qual tratarei hoje é a distorção da religiosidade em nome do dinheiro e do poder. Só enfatizando aqui que não cabe a mim discutir aqui a existência ou não de Deus, pois pra mim quem debate tal assunto realmente não tem mais o que fazer.



Há tempos que Deus se tornou mais um produto dentro dessa megastore que  eu chamo de sistema. São CDs, livros, camisetas, pulseiras, correntinhas, abajures, copos, velas... Mas isso é o de menos.
Desde o início da organização social, ou mesmo até antes disso, o ser humano carrega esse ideal de que há algo acima de tudo e todos, uma força celestial que influencia e comanda, que cria e destrói. E através dos tempos, doutrinas e mandamentos foram elaborados, rituais foram executados, palavras proferidas e milagres foram atribuídos. Mas também muita gente chorou, muita gente sofreu e muita gente morreu.
Dizem por aí que todos precisamos de uma religião, algo em que acreditar. Pois bem, além do amor, a espiritualidade alimenta a alma, nutre a consciência. Mas também cega e cria barreiras.
É claro que você sabe que a Igreja Católica queimou livros e pessoas, que o Islã explodiu muita coisa, que o Sionismo invadiu a Palestina, que os Puritanos moldaram o sistema exploratório em que vivemos hoje e que os Evangélicos julgam os que não seguem sua doutrina como imbecis infiéis. Mas você sabe em nome de quê eles fizeram tudo isso? Não foi em nome de Deus, evidentemente. Nenhum sumo-sacerdote das religiões acima realmente acredita em tudo que profere aos seus seguidores. E se acredita, o faz irracionalmente, porque já foi convencido por outrem. O objetivo dessas desgraças é único: o poder.
E veja bem, é realmente o jeito mais fácil de manipular as pobres almas. Estes desamparados, em sua maioria financeiramente necessitados e psicologicamente abalados, são bombardeados pelas promessas maravilhosas desses deuses onipotentes que os vigiam até nos pensamentos. Já me disseram uma vez que a maneira mais fácil de se convencer alguém é através do medo.
Pois bem, explica-se o que o ignorante (que é assim porque não teve acesso à verdade)não entende através dessa chamada "fé", coloca meia-dúzia de bacanas em cima do palco pra contar a mesma história de que foi ajudado através do caminho que essa instutuição propõe e agora tem saúde, tem dinheiro, tem uma vida plena. Pronto! O dinheiro mais uma vez fala mais alto, a ganância inocente por uma vida melhor toma conta da cabeça do desorientado e ele se torna mais um "fiel".
É triste ver um cretino barrigudo de terno de linho aparecer na televisão pedindo sua doação pelo bem maior. É triste ver um sacerdote lançar um CD. É triste ver MUITA gente votando no ilustre orador de tal igreja. É triste ver o Cid Moreira narrando a Bíblia. PELO AMOR DE DEUS!
E a maioria apalude, compra, reza, "doa" o salário, e acha que assim o Deus-que-tudo-vê vai salvá-lo; mas não pelo que ele é, mas sim pelo que ele faz dentro do que lhe é mandado.
Caminhamos hoje para uma teocracia, uma ditadura divina. Os partidos com ligações religiosas ganham cada vez mais espaço, a mídia já foi domindada pela "fé" e o âmago daqueles que sofrem estão tendendo à rendição, uma vez que não há escolas no meio do mato e não há hospitais nas favelas, mas há duas igrejas em cada um desses lugares.
O poder dessas instituições transcendeu as fronteiras nacionais, ultrapassou os limites do tempo e nos leva a mais manipulação e sofrimento, pois já dizia Lênin que "A religião é o ópio do povo".

terça-feira, 6 de abril de 2010

Ah, sim: culpem São Pedro e os que moram ao pé do morro.

Boa noite!

Hoje abordaremos o total descaso das autoridades (in)competentes perante situações de calamidade pública.

Você viu no começo do ano a desgraça em Angra dos Reis, RJ. Jovens afortunados e saudáveis passando suas férias em um maravilhoso resort sofreram com as forças da Mãe Natureza. Foram soterrados. Morreram. E o país se comoveu.
Agora, o que você me diz da temporada de chuvas em São Paulo, que começa em novembro e só ameniza em março? Vai me dizer que você não vê?
Todo ano é exatamente a mesma coisa: a falta de políticas públicas para lidar com um fenômeno que é cíclico, ou seja, não é novidade para nenhum cidadão, quanto mais para especialistas no assunto.
Mas os governantes sempre subvertem a situação, com ajuda da mídia, é claro.
A culpa agora é dos pobres-coitados que, devido à exclusão proporcionada pelo sistema, acaba sem moradia digna, ao pé de um morro, em seu barraco de madeirite, sem acesso ao sistema de saneamento básico (e reclamam quando jogam o lixo no córrego que corta sua comunidade), sem luz elétrica (e os culpam quando fazem os "gatos"), sem educação (e reclamam quando estes acabam por se marginalizarem).
Através dessas ações, que podem parecer absurdas, essas pessoas excluídas desejam simplesmente adequar-se ao sistema! Eis aí a contradição: o sistema exclui, e o excluído fere a moral do sistema para fazer parte do mesmo. É um círculo vicioso.
E tais deslizamentos de terra são uma desgraça anunciada! Pois todos sabemos o que acontece na temporada das chuvas, e como eu disse, é um fenômeno CÍCLICO. Famílias inteiras perdem o pouco que têm, crianças ficam sem aula, o comércio e a sociedade como um todo perdem. E acima de tudo: pessoas estão morrendo!
Até quando culparão as gestões anteriores? Até quando culparão quando as chuvas serão "acima do esperado"? Até quando culparão a população carente que se instalou onde os magnatas não quiseram construir?
Até quando persistirá a falta de políticas públicas que, de uma vez por todas, visem a população, e não o bolso dos canalhas?
Até quando? Até que você não permita mais.

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